Tattoo na pele, na alma

Tattoo na pele, na alma. Por enquanto esse é o nome do projeto que acabei de iniciar. Não farei as fotos dessa exposição centrado apenas nos desenhos em si, muito menos terão apenas corpos sarados de mulheres e homens perfeitos! Não, de forma alguma será esse o foco! Na verdade eu retratarei todos os tipos incríveis que vemos a todo instante pelas ruas da vida! A turma dos sarados serão retratados, mas também a turma dos gordinhos, a turma dos roqueiros, dos punks, dos surfistas, dos mauricinhos e patricinhas, dos bombados, a turma dos descolados, dos tímidos, dos religiosos, dos ex presidiários, a turma dos nerds, dos estudantes universitários, das mães e pais, dos fãs incondicionais, dos GLS, enfim de todos os tipos comuns de brasileiros, ou estrangeiros, que aparecerem na frente da minha câmera, desde que tenham uma tattoo e queiram participar desse projeto para mostrar como sua tatuagem complementa a personalidade de cada um de nós! Após uma sessão de fotos que eu e Nilda fizemos, tive a idéia de fazer esse trabalho que poderá levar um bom tempo, ou não, como diria Caetano! Ontem, 15 de julho de 2011, comecei com pé direito fotografando dois caras incríveis que são Eduardo e Guinho. O primeiro é professor de curso técnico adorado pela turma e também é conhecido por "Gordo" pelos amigos. Pode-se ver que ele é um homem de muita fé, já que estampou nas costas uma bela imagem de Nossa Senhora. Já o Guinho é tatuador, e dos grandes! Super descolado e ama perdidamente sua filhinha Malu cuja imagem está tatuada em seu antebraço direito e a foto tirada diz tudo isso num piscar de olhos! Portanto é isso, é justamente essa ligação entre o desenho e a psiquê que quero mostrar nesse projeto e espero alcançar meu objetivo. Comecei a dar os primeiros clicks, vamos ver no que vai dar essa parada!!

Ensaio Tatoo

Gosto muito de tatuagens e sempre quis fazer um ensaio com esse tema, portanto se você tem uma bela tatoo e gostaria de participar dessa exposição de fotos que pretendo fazer, não perca tempo e entre em contato comigo! Mande seu e-mail para fernandoazevedoufrpe@hotmail.com e marcaremos uma data para realizar as fotos e em troca você receberá 20 fotos da sua escolha em alta resolução num CD. Tenho certeza que descobrirei belíssimas peças de arte estampadas nas mais variadas partes do corpo! Comecei com a minha e a de Nilda ontem mesmo! Quando terminarei? Só Deus é quem sabe! O importante é que vai sair bonito, pode acreditar! Participe, convide um amigo ou amiga e repasse esse convite! Agradeço a todos!

Brogodó

Quem já morou numa típica cidade do interior nordestino sabe o quanto toca no coração da gente quando vemos os personagens e suas aventuras na fictícia cidade de Brogodó. Eu tenho a minha Brogodó bem guardadinha no cantinho de minhas mais felizes lembranças! Vila de Cimbres e Pesqueira, cidades ligadas a minha mãe e seus parentes, são onde encontro as lembranças mais doces de minha infância! O cheiro da água do cacimbão, de onde trazíamos duas latas d'água de 20 litros, cada uma na ponta de um pau caído nos ombros! Pra mim que tinha lá meus 8 ou 9 anos era um peso danado, mas me sentia orgulhoso em poder ajudar minha vó "Mãe" Maria! Eu e meu primo Valter dávamos muitas viagens pra encher as jarras enormes de barro, não sem antes amarrar um pano bem limpinho pra coar as possíveis sujeiras! Como não me lembrar das jornadas acompanhando minha vó em direção das taperas onde as mulheres da Vila de Címbres lavavam roupas! Tomava tanto banho de rio que chega enjoava! Depois subia nos pés de manga e enchia o buxo dessa fruta deliciosa! Foi lá que aprendi a andar de cavalo e num único dia levei 4 quedas, a útima , por sinal , quase fiquei aleijado! Foi lá que conheci as quadrilhas juninas de verdade, não essas de hoje que mais parece um carnaval esquizofrênico! Foi lá que, na época de São João que via os decendentes dos índios Xucurús, que hoje tomam conta do lugar, dançarem com os pés descalços por cima das brasas quentes da grande fogueira que ficava em frente a igreja matriz. Aliás, Vila de Címbres nada mais era e é uma rua bem larga de forma ovalada de mais ou menos uns 700 metros com a igreja logo na entrada! No centro desse grande "ovo" tinha uma bolacha enorme de cimento onde brincávamos de bola de gude, carrinho de lata de óleo, ciranda e tudo mais que imaginássemos! Lá eu via de tudo! De vaqueiros paramentados com suas roupas de couro, até caixeiros viajantes com todas as bugigangas que iam de tecidos a panelas! Nas feiras era muito fácil encontrar poetas declamadores vendendo seus livrinhos de cordel que só fui começar a ler depois de alfabetizado, mas quando novo o que me impressionava mesmo eram os desenhos das capas com seus cangaceiros valentes e muitas outras personagens inspirados na vida real. Quem diria que muitos anos depois, já adulto e cinegrafista, tive o prazer de fazer um documentário com um dos maiores cordelistas do nordeste e do Brasil, J. Borges e que trabalha até hoje na cidade de Bezerros. Nessa minha infância deliciosa povoaram muitos outros personagens fantásticos como o profeta maluco, uma beata chata de bigodinho, o padre italiano que falava bem engraçado, o louco, os jagunços que todo mundo tinha medo, enfim tinha de tudo nessa minha querida "Brogodó"! Claro que diferentemente da novela, ninguém fala daquele jeito caricato, mas o que bate a saudade é a atmosfera deliciosa que lembra muito meu nordeste que tanto amo. Só quem já andou diversas vezes num carro-de-boi verdadeiro é que sabe do que estou falando! Aquele choro musical que as rodas faziam é inesquecível e, vez ou outra, embalam meus sonhos do passado!

De Fellini a Binoche

Quando jovem, assisti a filmes que minha pouca experiência de vida, me impedia de compreendê-los no todo, mas em partes ele marcaram de alguma maneira no aprendizado da vida, do carater e na própria formação de minha personalidade. Ao rever esses filmes, já com outra cabeça, pensamentos mais claros e a famosa experiência acumulada, posso dizer que mesmo a compreenção ainda não ser total, pelo menos chega mais perto do que o autor imaginou. Mas existem filmes que são simplismente indecifráveis, ou no mínino, são filmes que podem ter infinitas leituras e interpretações. Nessa categoria elejo um dos filmes mais impactantes que já tive o prazer de assistir que foi Federico Fellini 8 e meio (Otto e Mezzo). São mais de 2 horas de uma viagem louca e absolutamente surreal na cabeça de um gênio do cinema!E tal qual um sonho, tudo se torna subjetivo e cada um interpreta de uma forma diferente. A grande sacada ao assistir um filme desses é justamente você tentar entender o que o diretor nos mostra, pode até alguém dizer que você esta completamente errado, mas quem garante que o outro esteja certo? É aí que entra a percepção de cada um! O bom é que no final todo mundo vai montando um infinito mosaico de significados e símbolos! A única coisa que digo para aqueles que queiram assistir a esse filme ou a outro tão maluco quanto, é ter paciência e atenção , pois se não for assim dificilmente você passará mais que alguns minutos em frente a tela! Ou você sai ou dorme! Mas quando você deixa em alerta todos os sentidos para cada fotograma exibido, a recompensa pode ser maravilhosa! Principalmente ao ver uma das mulheres mais lindas de todos os tempos

Cláudia Cardinale! Ela mesma um sonho, um símbolo, uma perfeição!

Arnaldo Jabor era apaixonado por ela assim como fiquei no passado e continuo no presente! Aliás ela e minha maravilhosa Juliette Binoche, estão juntinhas no pedestal das mulheres mais lindas que já vi no cinema! Recomendo, inclusive, que vocês assistam ao filme Cópia Fiel com essa maravilhosa atriz que ganhou por esse trabalho a palma de ouro em Cannes!Nesse filme ela se torna , pelo menos pra mim , a Monalisa moderna com o sorriso mais lindo do mundo! Na verdade ao assistir esse filme ao lado de minha linda e maravilhosa Nilda, relembrei que ao conhecê-la, há 8 anos a traz, disse que ela se parecia e muito com essa belíssima atriz francesa! Até o sinal no rosto é parecido! Somente nesse último domingo é que finalmente ela assistiu a um filme dela e reconheceu que minha admiração era verdadeira!

Pra rir ou chorar, de rir

Pagar um mico é coisa que sempre acontece comigo. Pode demorar um pouco, mas sempre bato ponto! Já fui à praia de cueca, pensando que estava de sunga; ziper aberto nos lugares mais impróprios; sair com a garota que tanto queria e esquecer a carteira na hora de pagar a conta; sair empurrando carro velho de dentro do motel e ainda pedindo uma ajuda ao funcionário, enfim, micos existem pra nos deixar na mão mesmo! Na hora, a gente pensa que o mundo vai acabar, a vergonha é tão grande que fica difícil encarar a realidade da situação. Mas fora o talento nato para usar o óleo de peroba na cara, o que fica como aprendizado nessas ocasiões? Pelo menos pra mim os micos nunca tiveram uma carga piscológica muito grande não! A vergonha era grande, não nego, mas nunca deixaram sicatrizes terríveis e indeléveis. Creio , na verdade , que toda vez que acontece isso, eu tenho uma melhora como ser humano e ser pensante! O mínimo que pode acontecer é eu ter um assunto pra alegrar os amigos numa roda de bate papo! Sou ridículo em muitas ocasiões e tiro um sarro comigo mesmo que até eu me espanto! Mas se não relaxarmos a vida fica um tédio imenso, portanto as vezes é bom a gente rir em vez de chorar! Nunca chorei de alegria, não consigo, é de mim, simplesmente minhas lágrimas só saem na tristeza, na dor ou no ódio, jamais na alegria! Uma vez no cinema, assistindo ao filme "O jovem Frankenstein", quase morri de tanto rir, foi uma coisa tão impressionante que simplesmente eu não parei de rir o filme inteiro! Já ao assistir "A paixão de Cristo" chorei tanto e a indignação era enorme, ao olhar em volta vi que 90% das pessoas estavam na mesma situação que eu! Já fui milhares de vezes ao cinema e nunca tinha visto isso! Fiquei péssimo uns quatro dias!

Considero isso um mico que paguei, com certeza! Eu nunca mais assisti esse filme novamente, acredite se quizer! Meu senso de realidade e ficção foi para o espaço! No fundo tudo isso me torna um cara desencanado, não guardo nada, acho se se fizer isso acaba com a saúde da gente. Como cantavam os Menudos: não se reprima! O conjunto mais micão de todos os tempos! Mas eles estavam certos!

Casamento

Casamento não é brincadeira. Levar a vida a dois não é nada fácil, tem que ter muita paciência, diálogo, sexo, respeito e, acima de tudo, amor! Faltando qualquer um desses ingredientes, pode estar certo, o caldo desanda! Estou no meu segundo casamento e devo admitir que, apesar de ter sofrido horrores no primeiro, tudo foi um grande aprendizado para não errar no segundo! Discutir a relação é sempre importante para azeitar a "maquina" pra que ela não emperre. Se tem uma coisa que seja importante numa relação mais do que qualquer outra, é o respeito pela individualidade do outro. Não adianta morrer de amor pela pessoa se você não a respeita e muito menos a aceite da maneira que ela é e pensa. Aceitar e compreender as diferenças ajuda e muito a relação a dois. Eu,por exemplo, nunca gostei de bebidas como cerveja, conhaque, pinga, etc. Suporto um pouco o vinho e a champagne, em momentos raríssimos claro! Então quando sento num restaurante ou bar, a cerveja sempre vem pra mim, mas na verdade seria pra minha esposa Nilda. Tirando os lugares que a gente já é conhecido, sempre se repete essa ação! Mas eu a conheci assim e portanto eu a aceito sem bronca alguma e jamais imporia alguma mudança a ela! Não só nessa área, meu pensamento vale pra qualquer coisa. Eu parto da premissa que podemos conviver com amor, mesmo que as pessoas sejam tão diferentes como água e vinho. O problema só começa quando uma das partes perde o amor pelo outro. Pessoalmente, não consigo levar adiante um relacionamento quando percebo que meu amor não é correspondido. Se isso acontecer seria o egoísmo o sentimento principal e não o amor. Impor uma vontade sua à outra pessoa, é a medida certa para o fracasso, o rescentimento, a traição e o desamor. Amar é então dar a liberdade da pessoa escolher se quer viver um amor contigo e não obriga-la à isso.
Sou muito, mas muito feliz mesmo! Ao lado de Nilda vivo ha 7 anos com muito sufoco e alegria. Diga-se de passagem que o sufoco é sempre por dinheiro! De resto é sempre tranquilo! Nos momentos bons e ruins, a gente vai levando, mas a cada dia eu a amo ainda mais. Sei que nada é eterno, mas espero que nosso amor siga sempre firme e forte. Os erros cometidos nunca serão repetidos e os erros que virão serão compreendidos e não esquecidos! Outra coisa! Sempre , no final do dia peça desculpas ao ser amado, mesmo que você não tenha feito nada consciente, mas é no inconsciente que cometemos as pequenas gafes que podem machucar sem nem percebermos! Te amo Nilda, você é o amor da minha vida!

Gibis

Cinema sempre foi minha grande paixão! Mas, antes dela nos meus 7 anos de idade eu tive minha primeira paixão: gibis! Principalmente da turma da Mônica onde o meu predileto era o do Cebolinha! Cheguei a ter os primeiros gibis do Pelezinho!

Comecei a ler mais rápido com esses maravilhosos gibis!

Até hoje curto muito ler gibis, na infância era uma febre, devo admitir! Eu lia de tudo, desde os da Marvel até os de Walt Disney onde os meus preferidos eram Pateta, Gastão, Huginho, Zezinho e Luizinho além dos irmãos Metralha! Adorava o Recruta Zero e os Sobrinhos do Capitão. Um pouco mais velho passamos a ler os livros indicados pela escola onde nos era apresentado vários livros e cada um escolhia o que mais gostasse, depois poderíamos trocar com os outros colegas, era massa! E meu primeiro livro foi

"Memórias de um Fusca" de Orígenes

Lessa, nunca me esquecerei era todo branquinho e graças a maravilha da internet consegui achar uma foto dessa antiga edição! Troquei com um colega emprestado e li "Odisséia de

Homero" e fiquei impressionado! Morri de chorar ao ler "A cabana do Pai Tomás" e "Eramos Seis" mas nunca me afastei de qualquer tipo de leitura! Lia de fotonovelas a romances cor-de-rosa de Barbara Cartland a coleções

como Júlia, Bianca e Sabrina! Minha irmã era fã desses livrinhos e apesar das histórias serem praticamente as

mesmas, li dezenas deles! Antigamente tinha também livrinhos de bolso de faroeste e esses eu simplesmente devorava! Eram fáceis de ler e num único dia eu conseguia ler uns 3 de uma vez!

Até que cheguei nos primeiros livros de sacanagem estilo Zéfiro

que era o máximo que poderíamos chegar em termos de pornografia! kkkkkk nossa, é melhor pular essa parte! Finalmente caiu nas minhas mãos duas revistas fantásticas! Uma era de terror chamada Cripta super apavorante e a outra era a Mad super divertida e com várias sitações a filmes americanos! Pra entender o que tinha na revista eu tinha que assistir o máximo de filmes que pudesse

, pois as referências eram muitas, daí uma coisa alimentava a outra! Eu tinha coleções de vários gibis, revistas e livros eram centenas de peças que hoje valeriam uma

grana boa, mas tive que deixar tudo pra trás quando nossa

família voltou de

vez para o Recife! Foi uma pena, só me restam lembranças agora. Mas tudo isso valeu pra mim, pois eu sou o que sou hoje por ter absorvido tudo aquilo na minha infância e adolescência. Ler é a melhor maneira de você expandir

sua mente, seu espírito e sua vida! Leia!

Sonhos

Quando você busca um sonho, muita coisa acontece pra que não consigamos conquistá-lo. Mas, algumas pessoas nunca desistem, podem até não chegar na linha final, mas não desistem nunca! Tenho muitos sonhos a realizar, alguns consegui inesperadamente, outros, embora simples, ainda não atingi, já outros, bem mais complexos, já obtive êxito com muita dificuldade. Tem aqueles sonhos que, depois de realizado, você vê desaparecer feito mágica bem na sua frente sem nada poder fazer pra segurá-lo! Nesse caso você vai ter que começar do zero novamente. Os sonhos são como o combustível ems nossa vidas, sem eles não temos como continuar a jornada. Ter um filho, uma casa própria, um carro usado, um carro novo, a camisa autografada do ídolo, o ingresso para assistir o jogo da copa, a reforma da casa que nunca termina, o diploma universitário, uma nota boa no Enem, um studio de fotografia completo, clientes que não dão toco em você, enfim, são tantos sonhos que fica difícil citá-los todos! O que importa é que nunca deixemos de sonhar, pois são eles que nos fazem ganhar aquele fôlego extra para o arranque final.

Falei tudo isso pra que vocês entendam o que aconteceu recentemente com minha mãe. Ela, nos últimos 7 meses, vêm lutando contra uma série de doenças perigosas, dentre elas a diabetes. Após longos meses no hospital e na UTI, depois de amputar as duas pernas, perder completamente a sanidade a ponto de não reconhecer os filhos, depois de perder quase 20 quilos e ficar só couro e osso, minha mãe está vivinha da Silva e bem pezadinha por sinal!! Vocês sabem porquê? O sonho dela era um só: voltar pra sua casa junto aos seus bichos queridos que ela tanto ama. Confesso que "enterrei" minha mãe umas 20 vezes ou mais, pois era impressionante ver o sofrimento dela! Era como se a morte estivesse ao lado dela puxando-a pela canela e ela sem sem querer partir! Deus e a vontade dela em viver foram os vencedores desta batalha! "Minha hora ainda não chegou, graças a Deus e espero que demore muito a chegar!" é o que ela sempre diz e hoje ela cai na risada quando contamos pra ela as maluquices que fazia quando estava fora de órbita! Seu sonho se realizou e ela está feliz na medida do possível. Afinal das contas não é nada fácil perder as pernas aos 70 anos de idade. Ah, seus cachorros, gatos e papagaio estão felizes da vida também por ela ter voltado pra casa depois de tantos meses! Realizaram o sonho de reencontrá-la!